terça-feira, 13 de outubro de 2020

O momento em que a geração dourada do ténis de mesa nacional tocou o céu!

Por muitos anos que alguém viva este é daqueles feitos desportivos que ficará perpetuado no tempo. É ademais uma façanha alcançada por aquela a que muitos chamam de geração de ouro de uma modalidade muito querida entre os portugueses. Um feito inédito que só por isto torna esta conquista num sonho que há 20 ou 30 anos atrás seria de impossível concretização ou não estivesse então Portugal a anos luz das maiores potências deste desporto. Sem mais demoras recuamos até 28 de setembro de 2014, dia em que pela primeira vez Portugal sagrou-se campeão da Europa de ténis de mesa por equipas, um feito alçando em Lisboa após derrotar uma das melhores seleções da modalidade, a Alemanha, hexacampeã europeia. E a histórica foi escrita por nomes que hoje são verdadeiras lendas do ténis de mesa nacional, jovens jogadores cujo talento foi moldado e colocado ao serviço do combinado nacional no Europeu que nesse ano decorreu no MeoArena, em Lisboa, e que juntou no nosso país a nata mesatenista continental. Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Monteiro, são nomes que ficarão pois para a eternidade na história do desporto nacional, pois graças à sua estupenda exibição a seleção nacional venceu por 3-1 a poderosa equipa alemã perante milhares de entusiastas adeptos que vibraram no MeoArena, incluindo o então primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Foram precisas mais de duas horas e meia de jogo (da final) para que a seleção nacional batesse a Alemanha, tendo a epopeia começado com Marcos Freitas, que venceu Steffen Mengel por 3-0. Para a mesa saltou em seguida João Monteiro, que seria derrotado por Timo Boll, por 3-2. A vantagem lusa na grande final do Europeu seria recuperada por Tiago Apolónia que bateu o então número um do ranking Dimitrij Ovtcharov, por 3-1. O inédito título português seria carimbado por Marcos Freitas, que vergou Timo Boll a uma derrota por 3-1. A MeoArena explodiu de alegria, Portugal era campeão Europeu. Até este dia, e por equipas, Portugal tinha como melhor resultado em Campeonatos da Europa uma medalha de bronze conquistada em Gdansk, em 2011, um 5.º lugar nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) e a 5.ª posição no Mundial de Tóquio, em 2014.
No rescaldo desta épica e inesquecível conquista, e em declarações à imprensa, Marcos Freitas disse que «ser campeão da Europa pela primeira vez e em casa é um sonho. Era muito difícil, mas começámos o jogo bem e neste momento estou muito satisfeito. O fim foi muito rápido, nem me lembro do ponto. Sei que festejámos todos juntos».
Por sua vez, Tiago Apolónia referiu que «ganhar em Lisboa, contra a Alemanha, é o sonho de uma carreira. As mensagens, chamadas e todo o apoio recebido nos últimos dias foram decisivos. A vitória é para eles. (...) Nos últimos 15 anos, a Alemanha tem sido a grande potência europeia. Vivo lá há sete anos, perdemos muitas vezes contra eles. Isto é um sonho. O público foi fantástico, importantíssimo. Deram muita força. A vitória é de todos, de Portugal».
Já João Monteiro salientou que «muitas vezes é mais difícil estar a torcer por fora. Tentamos sempre apoiar e transmitir força aos nossos companheiros. O público é e sempre foi uma mais-valia para nós. A vitória também é deles. Fomos campeões da Europa e ainda por cima frente ao nosso público».
Eufórico estava igualmente o selecionador nacional, Pedro Rufino, para quem este foi o dia mais feliz da sua vida. «O pormenor fez toda a diferença. Eles merecem ser os atuais campeões da Europa. Penso que seleção portuguesa é muito temida em todo o Mundo e especialmente na Europa. Não foi por sermos campeões que nos vão olhar de outra maneira. A própria seleção alemã sabia que, embora favorita, Portugal tinha uma pequena hipótese, felizmente deu em título para Portugal. Estou muito, muito contente, feliz. É o dia mais feliz da minha vida desportiva».

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

2020: o ano em que Félix da Costa escreveu uma das páginas mais brilhantes da História do automobilismo português

Se não é o maior feito da História do automobilismo português é sem margem para dúvida um dos mais pomposos e dignos de serem perpetuados na memória de todos os apaixonados pelo desporto. Uma façanha que ainda segue perto na estrada do tempo, já que foi alcançada neste ano de 2020 por um prodígio do volante. António Félix da Costa, o seu nome. Nascido em Cascais a 31 de agosto de 1991 este Ás do Volante sagrou-se campeão do Mundo de Fórmula E (uma categoria de automobilismo organizada pela FIA com carros monopostos exclusivamente elétricos) ao serviço da equipa DS Techeetah. Félix da Costa garantiu o título a duas corridas do final da temporada, em Berlim, ao cortar a meta em logo atrás do vencedor, o seu colega de equipa Jean Eric Vergne. O piloto juntou-se à DS Techeetah em 2019 e um ano depois trazia para Portugal o maior título conquistado pelo automobilismo luso. Na época de 2019/20 da Fórmula E, o piloto conseguiu o seu primeiro pódio (consequência de um 2.º lugar) no Chile, ficando atrás Maximilian Günther. No grande prémio seguinte, no México, Félix da Costa arrebata um novo 2.º posto, sendo que a primeira vitória seria alcançada em Marrakesh. Após a paragem da temporada por força da pandemia de COVID-19, Félix da Costa teve uma reentrada em grande nas pistas, conquistado duas vitórias no Circuito Templehof de Berlim, ao que se seguiu o tal 2.º posto no mesmo traçado que selou o título mundial de pilotos e o campeonato de Construtores para DS Techeetah. Félix da Costa contabilizou um total de 158 pontos em todas as corridas disputadas, deixando bem longe o belga Stoffel Vandoorne, que com 87 pontos encerrou a temporada na segunda posição da classificação final.
O piloto cascalense juntou-se assim ao restrito lote de vencedores de uma competição que só conheceu o primeiro campeonato em 2014/15, tendo o brasileiro Nelson Piquet Jr. como o seu primeiro campeão; seguindo-se o suíço Sébastien Buèmi (2015/16); o brasileiro Lucas di Grassi (2016/17) e o francês  Jean Eirc Vergne (bi-campeão mundial em 2017/18 e 2018/19).
Num breve olhar pelo retrovisor da carreira de Félix da Costa, podemos constatar que tal como tantos outros pilotos iniciou-se nos kartings, com 9 anos de idade, onde era apelidado de "formiga" devido à sua baixa estatura física.
O seu talento traduziu-se de pronto em títulos, como comprovam a conquista do Campeonato Nacional e do Open Portugal, em 2002. Aos poucos, Portugal começa a tornar-se demasiado pequeno para o jovem prodígio das quatro rodas, e aos 15 anos sagrou-se vice-campeão da World Series Karting, para além de ter sido terceiro classificado no Open Master de Itália, uma das mais reconhecidas provas europeias da modalidade. Em 2007 assina contrato com o maior construtor de karts mundial, a Tony Kart.
Passou de seguida para a World Series by Renault 2.0, competindo neste troféu em 2008 e 2009, sendo que neste último ano alcançou o seu primeiro título de monolugares, no campeonato Norte Europeu.
2010 é um ano marcante na carreira do jovem piloto, já que concretizou o sonho da esmagadora maioria, se não de todos, os pilotos de monolugares, isto é, sentar-se ao volante de um carro de F1. Félix da Costa foi convidado para testar um Force India de F1, tornando-se, aos 19 anos, o português mais novo de sempre a conduzir um monolugar destes. Apesar de não ficar na F1 Félix da Costa não parou de acelerar rumo ao sucesso nas pistas, e em 2014/15 entra num novo campeonato de automobilismo, a Fórmula E, sendo que no ano de estreia venceu a sua terceira corrida, realizada em Buenos Aires, na Argentina. Cinco anos depois alcançou o que já se sabe, o Mundo! Por este feito, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou-o com a Ordem de Mérito.

Vídeo que mostra o percurso de Félix da Costa no automobilismo e que o levou ao título na Fórmula E

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Flashes Biográficos (15): Jorge Fonseca


Jorge Fonseca (Judo): Estamos perante um atleta cuja ascensão ao patamar dos Deuses do Desporto envolveu um misto de superação, coragem, sacrifício e ambição. A sua história é digna de um filme, um filme onde muitas lágrimas foram vertidas mas onde tudo acabou bem. Em glória, melhor dizendo.
Mas esta é uma história que ainda está a ser escrita por um homem em quem o judo português deposita muitas esperanças para o futuro imediato. O seu nome é Jorge Fonseca, e apresenta como cartão de visita o facto de ser o único homem que até aos dias de hoje deu à nação luso uma coroa mundial, o mesmo será dizer um título de campeão do Mundo de judo.
Jorge Ivayr Rodrigues da Fonseca nasceu a 30 de outubro de 1992, em S. Tomé e Príncipe e com 11 anos veio para Portugal. Deixou-se encantar pelo judo numa escola da Damaia, assistindo aos combates de Pedro Soares, que mais tarde seria seu treinador no Sporting. O bichinho pegou e Jorge deu início a um percurso árduo para ser o judoca de excelência que viria a tornar-se anos mais tarde.
2013 é o seu primeiro ano de glória, já que além da conquista do título nacional de sub-23 torna-se no primeiro judoca masculino português a sagrar-se campeão da Europa deste mesmo escalão. Mas a alegria trazida pela glória no tatami daria lugar dois anos depois à dor provocada pela doença. Em 2015 é diagnosticado a Jorge Fonseca um tumor numa das pernas. Contrariamente ao que muitos atletas fariam, Jorge não baixou os braços, enfrentou o combate mais difícil da sua vida e... saiu vencedor. Venceu o cancro. Durante a doença fez uma vida normal, treinou sempre com o objetivo de chegar mais longe na sua modalidade. Essa perseverança levou-o ao patamar mais almejado por qualquer atleta deste planeta, os Jogos Olímpicos. Em 2016, no Rio de Janeiro, Jorge Fonseca integrou a comitiva lusa nas primeiras Olimpíadas realizadas na América do Sul, tendo caído na segunda eliminatória da categoria -100 kg ante o checo e futuro campeão olímpico Lukáš Krpálek.
A bonança iria chegar três anos depois, quando o judoca luso atingiu o ponto mais alto (até agora) da sua carreira. Em Tóquio ele trouxe para Portugal o primeiro título mundial na categoria de -100 kg, após vencer o russo Niyaz Ilyasov na final e depois de ter ultrapassado diversos pesos pesados na corrida ao ouro, como o azeri Elmar Gasimov, o georgiano Liparteliani, o chileno Briceno, o indiano Avtar Singh e o irlandês Benjamin Fletcher.
«Senti-me o melhor judoca do mundo, trabalhei imenso para isto e é um momento muito grande na minha vida. [Ouvir o hino] é uma situação incrível, nunca o tinha ouvido em campeonatos do mundo. Espero voltar a ouvir muitas vezes», disse então à imprensa o judoca português após a conquista da primeira medalha de ouro para Portugal em Mundiais.
2019 foi mesmo um ano memorável para Fonseca, já que além do até então inédito título mundial arrecadou a medalha de prata nos Jogos Europeus disputados em Minsk. Na final (mista) a equipa lusa - composta por Bárbara Timo, Anri Egutidze, Rochele Nunes, Jorge Fonseca, Telma Monteiro e Jorge Fernandes - perdeu com a Rússia e ficou com a prata.
Também ao nível de clubes a estrela de Jorge Fonseca tem brilhado bem alto além fronteiras. Com o símbolo do Sporting Clube de Portugal ao peito o judoca é atualmente bi-campeão europeu, tendo o primeiro ceptro continental surgido em 2018, ano em que os leões - treinados pelo ex-judoca Pedro Soares - derrotaram numa final disputada em Bucareste a equipa russa do Yawara-Neva. Um ano mais tarde, e a atuar em casa, mais concretamente em Odivelas, o Sporting vence pelo segundo ano consecutivo o título europeu, ao voltar a derrotar os russos do Yawara Neva, por 3-2, numa reedição da final do ano anterior. Já em 2020 o infortúnio voltou a bater à porta de Jorge Fonseca, com o atleta a testar positivo à Covid-19. E mais uma vez, tal como na luta contra o cancro, o judoca voltou a vencer, superando com determinação a doença.

Vídeo que mostra a conquista da medalha de ouro por parte de Jorge Fonseca 

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Campeões Nacionais de Andebol

Campeões Nacionais de Andebol (1.ª Divisão)

2022/23: FC Porto
2021/22: FC Porto
2020/21: FC Porto

2019/20: *Devido à pandemia Covid-19 
a Federação de Andebol 
de Portugal decidiu suspender 
todas as suas competições nacionais
2018/19: FC Porto
2017/18: Sporting
2016/17: Sporting
2015/16: ABC de Braga
2014/15: FC Porto
2013/14: FC Porto
2012/13: FC Porto
2011/12: FC Porto
2010/11: FC Porto

2009/10: FC Porto

2008/09: FC Porto
2007/08: Benfica
2006/07: ABC de Braga

2005/06: ABC de Braga

2004/05: Madeira SAD

2003/04: FC Porto
2002/03: FC Porto

2001/02: FC Porto
2000/01: Sporting

1999/00: ABC de Braga

1998/99: FC Porto

1997/98: ABC de Braga

1996/97: ABC de Braga

1995/96: ABC de Braga

1994/95: ABC de Braga
1993/94: Belenenses

1992/93: ABC de Braga

1991/92: ABC de Braga

1990/91: ABC de Braga

1989/90: Benfica

1988/89: Benfica

1987/88: ABC de Braga

1986/87: ABC de Braga
1985/86: Sporting

1984/85: Belenenses
1983/84: Sporting

1982/83: Benfica

1981/82: Benfica
1980/81: Sporting
1979/80: Sporting
1978/79: Sporting
1977/78: Sporting
1976/77: Belenenses
1975/76: Belenenses

1974/75: Benfica

1973/74: Belenenses
1972/73: Sporting
1971/72: Sporting
1970/71: Sporting
1969/70: Sporting
1968/69: Sporting

1967/68: FC Porto
1966/67: Sporting
1965/66: Sporting

1964/65: FC Porto

1963/64: FC Porto

1962/63: FC Porto

1961/62: Benfica
1960/61: Sporting

1959/60: FC Porto

1958/59: FC Porto

1957/58: FC Porto

1956/57: FC Porto
1955/56: Sporting

1954/55: Não se disputou
1953/54: FC Porto
1952/53: Salgueiros
1951/52: Sporting

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Campeões Nacionais de Basquetebol

Campeões Nacionais de Basquetebol (1.ª Divisão) 

2022/23: Benfica
2021/22: Benfica

2020/21: Sporting

2019/20: *Devido à pandemia Covid-19 a Federação Portuguesa de Basquetebol
decidiu suspender todas as suas competições nacionais
2018/19: Oliveirense
2017/18: Oliveirense
2016/17: Benfica
2015/16: FC Porto
2014/15: Benfica

2013/14: Benfica
2012/13: Benfica
2011/12: Benfica
2010/11: FC Porto
2009/10: Benfica
2008/09: Benfica
2007/08: Ovarense
2006/07: Ovarense
2005/06: Ovarense
2004/05: Queluz
2003/04: FC Porto
2002/03: Portugal Telecom
2001/02: Portugal Telecom
2000/01: Portugal Telecom
1999/00: Ovarense
1998/99: FC Porto
1997/98: Estrelas da Avenida
1996/97: FC Porto
1995/96: FC Porto
1994/95: Benfica
1993/94: Benfica
1992/93: Benfica
1991/92: Benfica
1990/91: Benfica
1989/90: Benfica
1988/89: Benfica
1987/88: Ovarense
1986/87: Benfica

1985/86: Benfica
1984/85: Benfica
1983/84: Queluz
1982/83: FC Porto
1981/82: Sporting
1980/81: Sporting
1979/80: FC Porto
1978/79: FC Porto
1977/78: Sporting
1976/77: Ginásio Figueirense
1975/76: Sporting

1974/75: Benfica

1973/74: Malhangalene
1972/73: Sporting de Lourenço Marques
1971/72: FC Porto
1970/71: Sporting de Lourenço Marques
1969/70: Benfica
1968/69: Sporting
1967/68: Sporting de Lourenço Marques

1966/67: Benfica de Luanda

1965/66: não se disputou
1964/65: Benfica

1963/64: Benfica
1962/63: Benfica

1961/62: Benfica
1960/61: Benfica
1959/60: Sporting
1958/59: Académica
1957/58: Barreirense
1956/57: Barreirense
1955/56: Sporting
1954/55: Académica
1953/54: Sporting
1952/53: FC Porto
1951/52: FC Porto

1950/51: Vasco da Gama
1949/50: Académica
1948/49: Académica
1947/48: Vasco da Gama

1946/47: Benfica
1945/46: Benfica
1944/45: Belenenses
1943/44: Carnide
1942/43: Carnide
1941/42: Vasco da Gama

1940/41: Carnide

1939/40: Benfica

1938/39: Belenenses

1937/38: Carnide

1936/37: Carnide

1935/36: Carnide

1934/35: Carnide

1933/34: União Lisboa
1932/33: Conimbricense