Geograficamente presenteado com mais de 1200 km de costa marítima, Portugal cedo tirou proveito desta riqueza natural para se evidenciar nas modalidades desportivas praticadas em alto mar, com realce para a vela, sendo que nunca é por demais recordar que em 1856 foi fundado pelo rei D. Pedro V o primeiro clube da Península Ibérica dedicado às regatas. Vela que com o passar dos anos haveria de tornar-se - como temos vindo a fazer eco em anteriores visitas ao Museu Virtual do Desporto Português - num autêntico alfobre de campeões... campeões da Europa, do Mundo, e Olímpicos!
Mas nem só para a prática de vela o extenso mar lusitano tem sido aproveitado. Outra modalidade bem popular em terras lusas é o surf, um desporto - radical - de enorme espetacularidade onde Portugal tem colecionado alguns brilharetes, não tantos como na vela, é certo, mas que enche naturalmente de orgulho esta nação à beira mal plantada. E a história do surf português cruza-se inevitavelmente com a de Pedro Martins de Lima, um homem que muitos consideram o pai do surf português.
Oriundo de uma família de cavaleiros Pedro Martins de Lima veio ao Mundo a 14 de setembro de 1930, não sendo de estranhar que os seus primeiros passos no desporto tivessem sido dados no hipismo, modalidade que começou a praticar com apenas 6 anos de idade. Não muito tempo mais tarde deixou-se encantar pelos fascínios do mar, interessando-se pela vela, e pela pesca submarina, última modalidade esta que entretanto começa a praticar. No limiar da primeira metade do século XX descobre então uma das paixões da sua vida, o surf. Estavamos em 1946, uma época em que a modalidade de origens havaianas era totalmente, sim, é verdade (!), desconhecida num Portugal que durante séculos e séculos viu nascer centenas de aventureiros do mar. Face à inexistência de material essencial à prática da modalidade em Portugal, Martins de Lima iniciou o seu legado de rei dos mares lusitanos com a prática de bodyboard, usando para o efeito uma prancha rudimentar e umas barbatanas que um amigo lhe trouxera do estrangeiro.
Até que em 1959 consegue finalmente adquirir uma prancha de surf, para posteriormente se lançar ao mar. Sem companhia nesta aventura ele cimentou no nosso país uma modalidade que hoje em dia agrega em si milhares de praticantes. Mas nem sempre foi assim. No início Pedro Martins de Lima recorda - em inúmeras entrevistas dadas nos tempos mais recentes - que «naquele tempo era preciso ter coragem para surfar ondas grandes, mas também para enfrentar as consequências. Cheguei a ser preso por entrar no mar revolto. Os cabos-de-mar prendiam-me, mas os banheiros intercediam a meu favor porque já tinha salvo muita gente no mar. Era um país de marinheiros que não sabiam nadar»!!!
A bravura e insistência do surfista furou inúmeras ondas de resistência, e se o surf é hoje em dia uma das modalidades mais praticadas em Portugal a ele o deve, ao pai do surf nacional.
Mas nem só para a prática de vela o extenso mar lusitano tem sido aproveitado. Outra modalidade bem popular em terras lusas é o surf, um desporto - radical - de enorme espetacularidade onde Portugal tem colecionado alguns brilharetes, não tantos como na vela, é certo, mas que enche naturalmente de orgulho esta nação à beira mal plantada. E a história do surf português cruza-se inevitavelmente com a de Pedro Martins de Lima, um homem que muitos consideram o pai do surf português.
Oriundo de uma família de cavaleiros Pedro Martins de Lima veio ao Mundo a 14 de setembro de 1930, não sendo de estranhar que os seus primeiros passos no desporto tivessem sido dados no hipismo, modalidade que começou a praticar com apenas 6 anos de idade. Não muito tempo mais tarde deixou-se encantar pelos fascínios do mar, interessando-se pela vela, e pela pesca submarina, última modalidade esta que entretanto começa a praticar. No limiar da primeira metade do século XX descobre então uma das paixões da sua vida, o surf. Estavamos em 1946, uma época em que a modalidade de origens havaianas era totalmente, sim, é verdade (!), desconhecida num Portugal que durante séculos e séculos viu nascer centenas de aventureiros do mar. Face à inexistência de material essencial à prática da modalidade em Portugal, Martins de Lima iniciou o seu legado de rei dos mares lusitanos com a prática de bodyboard, usando para o efeito uma prancha rudimentar e umas barbatanas que um amigo lhe trouxera do estrangeiro.
Até que em 1959 consegue finalmente adquirir uma prancha de surf, para posteriormente se lançar ao mar. Sem companhia nesta aventura ele cimentou no nosso país uma modalidade que hoje em dia agrega em si milhares de praticantes. Mas nem sempre foi assim. No início Pedro Martins de Lima recorda - em inúmeras entrevistas dadas nos tempos mais recentes - que «naquele tempo era preciso ter coragem para surfar ondas grandes, mas também para enfrentar as consequências. Cheguei a ser preso por entrar no mar revolto. Os cabos-de-mar prendiam-me, mas os banheiros intercediam a meu favor porque já tinha salvo muita gente no mar. Era um país de marinheiros que não sabiam nadar»!!!
A bravura e insistência do surfista furou inúmeras ondas de resistência, e se o surf é hoje em dia uma das modalidades mais praticadas em Portugal a ele o deve, ao pai do surf nacional.
Vídeo: REPORTAGEM COM PEDRO MARTINS DE LIMA
adorei
ResponderExcluirmuito bom